A Minha Filosofia
domingo, 21 de diciembre de 2008
O Valor das Coisas
Eu tive, lá no interior, um professor de português que se chamava José Maria. Gostava muito dele, sobretudo porque tinha larga visão da vida e falava coisas interessantes. Um dia, na biblioteca da escola, ele disse: "Por que é que 1 quilo de trigo custa menos do que 1 quilo de ouro, se a quantidade de matéria é a mesma?"
A resposta, na época eu não sabia. Tinha apenas uns 17 anos. Agora, com quase 22, penso que já a sei. É o valor que damos às coisas. Um quilo de ouro custa mais do que o seu equivalente em trigo devido ao valor que atribuímos a ele. Isto devido ao fato de serem postas no ouro mais expectativas do que no trigo, a se crer que com ele se pode fazer mais, que ele é mais importante.
A árvore de dinheiro que vós estais a ver aí, tão pitoresca com uma casinha de cachorro ao lado, logicamente é irreal. Se fosse real, significaria que dinheiro nasce em árvore e portanto seria tão comum que nem valeria a pena recolher. Qualquer um poderia fazê-lo.
Os homens dão muito valor ao dinheiro. É ele que define o lugar das pessoas na sociedade. Com dinheiro, a pessoa tem roupas bonitas, pode ir de táxi aos eventos e não necessita de pegar ônibus ou metrô, é vista pelos outros, conquista o respeito que almeja e melhores condições de vida. Se ela tem dinheiro, não precisa trabalhar para os outros e pode ter tempo para desenvolver todas as suas potencialidades livremente, pode estudar, pode viajar.
Para mim, o grande mal dos nossos tempos é que damos tanto valor ao ter (não só dinheiro, como tudo o mais que vem com ele), que este verbo se tornou muitíssimo mais relevante do que o verbo ser. E isto não está certo pela razão simples de que ver só as aparências é privar-se de interpretar a essência. O que realmente determina o que somos não é o que somos por fora, é o que somos por dentro, certo?
Mas, tentemos entender como são as coisas. Não ataquemos a nós mesmos por aquilo que faz parte de nós. É uma necessidade humana ter uma posição segura com relação aos outros.
Inicialmente, o dinheiro surgiu como um instrumento para intermediar as trocas que fazíamos, como acontece com ele até hoje. Mesmo para os que por ele ficam obcecados ou desesperados, o dinheiro não passa de um meio e nunca é propriamente um fim. Assim, buscamos nele somente a satisfação de alguma necessidade ou desejo. Dinheiro sem poder ser gasto não passa de papel, não é mesmo?
Da próxima vez que aparecer um cara do tipo esnobe diante de nós, não sejamos rancorosos dele no nosso íntimo, nem invejosos. O que um homem pode, o outro também pode. Não o ataquemos, e nem deixemos ele nos atacar. Apenas, tentemos compreender a situação.
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1 comentario:
mon petit vc tem razão, é aquela história da pessoa reclamar do preço de uma consulta médica e pagar o dobro pra assistir um show de um ´pork´ star.
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